Você provavelmente já ouviu dizer que a tomada de decisão é a chave para o sucesso na liderança. Mas como exatamente os melhores líderes tomam suas decisões estratégicas? É um processo que combina arte e ciência, intuição e análise de dados, e que pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma organização.
Vejamos o exemplo de Reed Hastings, cofundador e co-CEO da Netflix. Em 1997, quando a empresa foi lançada, a ideia de entregar filmes por correio era vista com ceticismo por muitos. No entanto, Hastings seguiu sua intuição de que o futuro do entretenimento seria o streaming de vídeo, uma decisão ousada que remoldou a indústria inteira. A Netflix hoje vale cerca de US$ 220 bilhões e tem mais de 200 milhões de assinantes em 190 países, graças à visão ousada de seus líderes.
Líderes de sucesso, no entanto, sabem equilibrar dados e insights internos. A análise meticulosa e a coleta robusta de dados são fundamentais para mitigar riscos e otimizar resultados. De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, empresas que adotam uma abordagem de tomada de decisão baseada em dados têm 6% mais lucros e produtividade 5% maior do que os concorrentes.
Outro desafio que requer a atenção dos líderes é evitar vieses cognitivos e emoções. Se deixarmos que esses fatores nos influenciem demais, podemos cair em armadilhas como o viés da ancoragem, do excesso de confiança ou de confirmação. Um estudo recente da Universidade de Cambridge revelou que mais de 80% das decisões de negócios são afetadas por vieses cognitivos. Líderes como Jeff Bezos, da Amazon, são verdadeiros mestres em cultivar a autoconsciência e implementar processos estruturados de tomada de decisão para mitigar esses vieses.
E quando o ambiente fica turbulento, aí é que os melhores líderes brilham. Eles mantêm a calma, avaliam as informações com rapidez e agilidade, e tomam decisões informadas e ágeis. Jack Welch na GE é um exemplo disso, tendo conduzido a empresa por crises econômicas, reinventando-a continuamente e cultivando uma cultura de tomada de decisão rápida e baseada em dados. Durante seu mandato como CEO de 1981 a 2001, o valor de mercado da GE aumentou de US$ 12 bilhões para US$ 410 bilhões.
Portanto, para se tornar um líder estratégico de alto nível, lembre-se: equilibre intuição e análise, mantenha-se atento aos vieses e às emoções, e desenvolva a capacidade de tomar decisões rápidas e embasadas sob pressão. Essa é a receita dos grandes líderes visionários que moldam indústrias e deixam um legado duradouro. De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, líderes que adotam esse estilo de tomada de decisão têm 95% mais chances de alcançar metas estratégicas e 33% mais chances de serem classificados como altamente eficazes pelos funcionários.