Pessoal, vamos começar com uma história rápida:
Imaginem que vocês estão em uma ilha deserta no Pacífico Sul. As águas são de um azul cristalino tão vibrante que parece irreal, e a areia é tão macia e branca quanto pó de giz. A floresta tropical está cheia de frutos suculentos caindo dos galhos, e o aroma adocicado de flores exóticas preenche o ar. Parece o paraíso, certo? Mas então a fome bate, e você percebe que não tem como fazer fogo para cozinhar os peixes que capturou ou assar os frutos, colocando sua sobrevivência em risco.
É aí que o Design Thinking, uma abordagem centrada no ser humano para resolução de problemas complexos, entra em cena. Em vez de reclamar ou procurar uma solução óbvia e potencialmente falha, você começa a observar o ambiente com olhos de curioso e mente aberta. Você nota que há pedras com formatos pontiagudos e arestas afiadas, galhos secos espalhados pela floresta e folhas secas que poderiam servir como combustível. Então você experimenta diferentes métodos de fricção e ignição até finalmente conseguir acender uma fogueira robusta com as ferramentas naturais disponíveis na ilha.
Esse é o poder transformador da abordagem centrada no ser humano do Design Thinking. Em vez de aceitar as limitações, você mergulha nas reais necessidades e dores das pessoas através da empatia, e usa prototipagem e iteração para encontrar soluções criativas. As empresas mais inovadoras do mundo, como Airbnb, Dropbox e Uber, empregaram o Design Thinking para identificar frustrações reais dos usuários e desenvolver soluções disruptivas que revolucionaram suas respectivas indústrias. De acordo com um estudo da Forrester Research, empresas que adotaram o Design Thinking aumentaram sua receita em até 32% em cinco anos.
Haverá inevitavelmente “fracassos inteligentes” – tentativas que não funcionam inicialmente. A Slack, por exemplo, começou como um aplicativo de jogos chamado Glitch antes de pivotar para a plataforma de comunicação que conhecemos hoje, com mais de 12 milhões de usuários ativos diariamente. Esses “fracassos” são oportunidades preciosas de aprendizado, como as várias pedras que você testou antes de acender o fogo na ilha deserta.
Com uma mentalidade de experimentação segura e aprendizado contínuo, você pode transformar esses “fracassos” em degraus para o sucesso. E quando sentir que precisa de um empurrãozinho criativo, recorra a técnicas poderosas de ideação, como brainstorming, mapeamento mental ou pensamento lateral. O brainstorming, por exemplo, é amplamente utilizado por empresas como Google, Disney e IBM para gerar ideias inovadoras – de acordo com um estudo da Universidade de Oklahoma, times que usam brainstorming geram 20% mais ideias do que indivíduos trabalhando sozinhos.
Então, meus amigos empreendedores, abracem o Design Thinking, aprendam com os “fracassos inteligentes” e explorem técnicas criativas de ideação. Com essa mentalidade de empatia, experimentação e aprendizado contínuo, vocês podem desenvolver soluções verdadeiramente inovadoras que resolvem os problemas reais e complexos das pessoas de maneiras que ninguém havia pensado antes.